Mundo meu, mundo seu, mundo nosso. Cada um tem o seu e realmente não compartilhamos do mesmo universo de ideias, cada um de nós tem seus próprios astros, seu próprio sistema solar e faz seus movimentos girando ao redor do seu próprio sol. E como é complicado se manter em equilíbrio nesse universo repleto de outros universos particulares! Se eu girar inconsequentemente ao redor do meu sol, com certeza vou atingir um outro mundo, e se giraram sem regras e medidas vão atingir meu universo particular, repleto de porcelanas frágeis que talvez não aguentem tantas colisões.
O universo é regido por um maestro perfeito, e meu universo precisa aprender a dançar essa música, a ler essa partitura para participar desse movimento harmônico. Contudo, mesmo que aprenda toda essa melodia me preocupo com um movimento desritmado ou fora de órbita dos outros astros. Tenho medo que a colisão me tire de órbita e me leve para longe do meu sol, de onde tiro toda a fonte da minha vida.
A solução não é fácil, as respostas me confundem e qualquer uma delas pode alterar meu sistema solar. A torcida é que se as alterações forem grandes eu possa reencontrar equilíbrio no desequilíbrio, que eu possa dançar um ritmo novo e freneticamente empolgante para entrar em uma nova órbita.